Mineração sustentável. Essa é a nossa frente.

Conhecimento geológico é o caminho para um futuro mais sustentável

Em artigo publicado no jornal O Liberal, do Pará, sob o título “Conhecimento geológico é o caminho para um futuro mais sustentável”, o diretor da Frente Parlamentar da Mineração Sustentável (FPMin) na região Norte, deputado Joaquim Passarinho (PL/PA), chamou a atenção sobre a ciência que identifica e avalia os recursos minerais presentes no subsolo de um país, além de informações sobre estabilidade do solo, presença de aquíferos e ocorrência de riscos naturais. 

No artigo, o parlamentar apresentou a situação do mapeamento geológico no Brasil em comparação com outros países mineradores, falou da sua importância para o cenário de transição energética em que vive o mundo. Passarinho ressaltou, ainda, que investir em mapeamento geológico é também contribuir para o desenvolvimento de uma mineração sustentável, uma vez que o conhecimento da geologia é essencial para a conservação da biodiversidade e para a gestão sustentável dos recursos naturais.

Leia abaixo a íntegra do artigo. 

Conhecimento geológico é o caminho para um futuro mais sustentável
Por *Joaquim Passarinho

Não é um exagero dizer que o Brasil vive um verdadeiro apagão de conhecimento sobre suas riquezas minerais. Ínfimos 4% do nosso vasto território está mapeado na escala 1:50.000. Outros 23% na escala 1:100.000, que não é a ideal para um aproveitamento eficiente e responsável.

Num mundo que enfrenta os desafios do esgotamento dos recursos naturais e da degradação ambiental, o mapeamento geológico torna-se a espinha dorsal da mineração sustentável. Esse conhecimento não se limita à identificação de depósitos minerais e viabilidade de exploração, significa também otimizar operações, reduzir geração de resíduos, fazer gestão de riscos geológicos e minimizar impactos ambientais.

Ao olharmos para outros países mineradores, como Canadá, Estados Unidos, Austrália e África do Sul, fica evidente o abismo que nos separa nesse sentido. Essas nações já possuem mapeamentos completos dos seus territórios em escalas de semidetalhe (1:50.000) e detalhe (1:25.000).

A urgência da transição energética amplia o cenário de oportunidades para o nosso país, visto que possuímos reservas de todos os minerais fundamentais para acelerar esse processo. O Brasil, portanto, tem potencial para ser referência na produção de energias limpas e se tornar protagonista no mercado global de insumos para esse fim, tanto quanto para desenvolver tecnologias e novos produtos.

O tempo, no entanto, não está ao nosso favor. Dominar o conhecimento geológico em escalas adequadas é apenas o primeiro passo. Vai garantir geolocalização confiável e qualidade dos nossos depósitos de minerais estratégicos e, com isso, atrair mais investimentos para o nosso país. A partir daí, são cerca de 10, 12 anos de trabalho e intenso aporte de recursos.

Aqui, na Frente Parlamentar da Mineração Sustentável, trabalhamos para que não percamos o bonde da história. É hora de trilhar o caminho para um Brasil mais rico, mais verde e mais consciente de suas riquezas e de sua importância global.

*Joaquim Passarinho é deputado federal pelo Partido Liberal do Pará e diretor da Frente Parlamentar da Mineração Sustentável (FPMin) na região Norte.