O fósforo (P) é um elemento químico não metal, frequentemente encontrado na forma de sais conhecidos como fosfatos, sendo classificado como um mineral estratégico devido à sua importância para a segurança alimentar nacional.
A presença do fósforo não é isolada na natureza, estando presente no mineral apatita, e sua forma pura consiste em uma substância semitransparente, de consistência mole, assemelhando-se a uma cera que brilha no escuro. É um elemento altamente reativo, sofrendo oxidação espontânea em contato com o ar atmosférico.
Para que serve o fósforo?
Além de sua relevância para a agricultura, onde é amplamente utilizado na forma de fertilizantes, o fósforo desempenha um papel vital como macronutriente primário para o desenvolvimento saudável das plantas. Contribui para o crescimento, produção de energia, resistência a doenças e melhoria da qualidade dos cultivos, sabor e valor nutricional dos alimentos.
No contexto humano, o fósforo é fundamental para o crescimento de ossos e dentes, saúde das gengivas e manutenção do esmalte dentário. Desempenha, também, um importante papel na atenuação da desmineralização óssea.
A distribuição global das reservas de rocha fosfática revela uma concentração significativa em poucos países, como China, que detém a segunda maior reserva e é a maior exportadora mundial, e Marrocos, com a maior reserva e segunda maior produção. Os Estados Unidos ocupam a terceira posição em produção, enquanto a Rússia é a quarta*. O Brasil, por sua vez, possui 0,72% das reservas mundiais e importa 55% do fosfato utilizado internamente.
Mineração Sustentável
Em termos de mineração sustentável, métodos modernos buscam reduzir o impacto ambiental, enfatizando a eficiência no uso de água e produtos químicos. Essas práticas incluem altas taxas de reutilização da água e esforços para a reparação de ecossistemas danificados pela mineração, muitas vezes envolvendo a substituição de solo e a reintrodução de árvores e gramíneas.
Devido a importância estratégica do mineral, há uma perspectiva futura de descoberta de novas jazidas no Brasil, visando atender ao aumento projetado do governo na produção de grãos.
Além disso, um estudo realizado pela Embrapa Solos do Rio de Janeiro indicou que quase metade do fósforo aplicado na agricultura nas últimas cinco décadas permanece no solo, constituindo um legado valioso avaliado em mais de U$ 40 bilhões.
Esse legado pode servir como uma reserva estratégica contra uma possível escassez futura do nutriente ou variações nos preços, como observado em aumentos significativos no preço da rocha de fosfato em 2008. Portanto, o manejo sábio do fósforo pode garantir reservas adequadas por muitas décadas.
(*Dados de 2021)