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Tarifaço dos EUA deve afetar 31% das exportações minerais 

O tarifaço imposto pelos Estados Unidos às exportações brasileiras foi um dos temas da reunião da diretoria da Frente Parlamentar da Mineração Sustentável (FPMin), realizada nesta quarta-feira (27), na Câmara dos Deputados. A FPMIn alertou que as tarifas podem reduzir a competitividade de segmentos que têm no mercado norte-americano um destino estratégico para sua produção. 

Segundo o Instituto Brasileiro de Mineração (IBRAM), cerca de 31,4% dos produtos minerais enviados ao mercado norte-americano serão afetados, enquanto 75,6% não sofrerão impacto direto. Os EUA representam aproximadamente 4% do total das exportações minerais brasileiras em valor (em dólares), com destaque para pedras ornamentais, vanádio e nióbio. 

Entre os itens mais atingidos estão pedras naturais e rochas ornamentais (19,4% do total de exportações), ligas de estanho (5%) e pentóxido de trióxido de vanádio (3%). Já o ferro (25,7%), o nióbio (10,6%) e o ouro semi-manufaturado (12,2%) ficaram fora da lista de incidência imediata.  

Além do tarifaço, os parlamentares debateram o Projeto de Lei 2.780/2024, que cria a Política Nacional de Minerais Críticos e Estratégicos (PNMCE). O deputado Zé Silva, presidente da FPMin, apresentou um panorama sobre o projeto e destacou que o relator, deputado Arnaldo Jardim, diretor da Frente na região Sudeste, incorporou novos eixos como energias limpas e segurança alimentar, que se somam à transição energética.  

Os parlamentares também defenderam a derrubada do item 23 do Veto 7/2025, que retirou a garantia de não incidência do Imposto Seletivo sobre exportações minerais, considerado prejudicial à competitividade e aos empregos do setor.  

Por fim, a diretoria da FPMin destacou que a articulação política será decisiva para fortalecer a mineração brasileira, garantir geração de empregos e ampliar o protagonismo do país na transição energética e na geopolítica dos minerais. 

“É hora de unir esforços no Congresso para derrubar medidas que prejudicam a mineração e avançar em políticas estratégicas que garantam empregos e investimentos para o setor”, ressaltou Zé Silva.

Estiveram presentes, os deputados José Rocha, vice-presidente; Keniston Braga, diretor de Relações Institucionais; Evair de Melo, coordenador de Rochas Ornamentais; Laura Carneiro, coordenadora de Pesquisa Mineral; e Joaquim Passarinho, diretor Norte. 

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