Mineração sustentável. Essa é a nossa frente.

Molibdênio

O molibdênio (Mo) é um metal crítico usado principalmente em aço e produtos químicos, necessário em todas as tecnologias da transição energética. Quando adicionado ao aço e ferro fundido, aumenta a temperabilidade, soldabilidade, tenacidade, resistência à temperatura e resistência à corrosão.  

 Essas características tornam o metal um importante componente para aços utilizados em turbinas eólicas e usinas geotérmicas. Além disso, uma pequena camada de molibdênio é usada como parte da tecnologia de célula solar emergente de película fina CIGS (Cobre-Índio-Gálio-Selênio), graças à sua condutividade elétrica e térmica superior e à sua capacidade de ligação ao vidro.  

De acordo com a USAID (Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional), até 2050, prevê-se que cerca de 33.000 toneladas de molibdênio sejam usadas em energias renováveis a cada ano, o que representa aproximadamente 11% acima dos níveis de produção de 2018. 

Sustentabilidade  

As construções que utilizam aço inoxidável contendo molibdênio em suas estruturas principais são considerados mais sustentável por dois motivos:  

>> Essas estruturas podem durar de 75 a 150 anos, reduzindo a necessidade de substituições constantes e, por consequência, redução de resíduos e impacto ambiental;  

>> O aço pode ser indefinidamente reciclado ao final de sua vida útil. 

Outras aplicações dos insumos gerados pela mineração de molibdênio 

>> Na indústria química é produzido o lubrificante sólido, utilizado em turbinas a gás, engrenagens, moldes, aeroespacial, indústria nuclear e outros campos. Também como catalisador, inibidor de corrosão em construção de sistemas de resfriamento de água e aquecimento de ar condicionado e como pigmento (amarelo molibdênio).

>> Na área elétrica e eletrônica já faz parte da nova geração de materiais semicondutores. É utilizado para fabricar fio central, fio condutor e gancho de filamento espiral e fios que podem cortar uma variedade de aço e ligas duras.  

>> Na área da saúde é utilizado como suplemento e pode promover o desenvolvimento humano, inibir tumores, manter o metabolismo energético do miocárdio e proteger o miocárdio. 

>> Na pecuária pode ser adicionado à ração dos ruminantes , a fim de melhorar o metabolismo deles. Na agricultura, é usado como fertilizante, importante para o crescimento das plantas 

Produção e Reservas  

O minério de molibdênio é chamado molibdenita, que pode ocorrer na forma primária (principalmente na China), bem como em associação com minerais contendo cobre (nas Américas, especialmente).  

A China é o maior produtor mundial. Em 2020, produziu 120.000 toneladas, ou 40% da produção global. Em seguida, veio o Chile com 58 mil toneladas e os EUA com 49.000 toneladas.  

A China tem as maiores reservas conhecidas do mundo, seguida pelo Peru, Chile, México, Armênia, Mongólia, Uzbequistão e o Cazaquistão, que também é um pequeno produtor. 

O Brasil não possui uma produção oficial de molibdênio e as suas reservas são restritas e descritas na literatura como associadas a escarnitos (RN e PB), mineralizações com urânio (MG, SC), sub ou coproduto em pegmatitos (BA), depósitos em granitos (SC, RS, RR) e epitermais (PA), destacando a sua presença nos depósitos de cobre de Salobo e Breves (PA).  

Propriedades  

O molibdênio (Mo) é um elemento químico de elevado ponto de fusão (2.163 °C), alta densidade e boa condutividade térmica, baixo coeficiente de expansão térmica e elevada resistência à corrosão.   

Esse metal não é muito abundante na Terra, sendo o 53º elemento mais abundante na crosta terrestre e o 23º mais abundante nos oceanos. Nunca foi encontrado molibdênio puro na Terra. Está sempre associado a outros minerais.  

Curiosidade  

Antigamente, o molibdênio era confundido com o chumbo e a grafite. Durante séculos, foi considerado apenas mais um mineral de chumbo, daí a confusão com o seu nome, que deriva do grego molybdos e significa chumbo. 

Apenas em 1778, o químico sueco Carl Wilhelm Scheele, que teve um papel importante na descoberta do oxigênio e de vários outros elementos químicos, provou que o molibdênio era um composto de enxofre de um elemento novo não identificado. Em 1781, outro químico sueco, Peter Jacob Hjelm, isolou o metal, que só foi devidamente purificado várias décadas depois.