Mineração sustentável. Essa é a nossa frente.

Nióbio

O nióbio é um metal de transição abundante na crosta terrestre e tem revolucionado as indústrias ao redor do mundo. O Brasil possui 98% das reservas conhecidas no mundo, sendo 75% do total em Minas Gerais (municípios de Araxá e Tapira ), 21% no Amazonas (São Gabriel da Cachoeira e Presidente Figueiredo) e 3% em Goiás (Catalão Ouvidor). 

Somente duas empresas produzem nióbio no Brasil: Companhia Brasileira de Metalurgia e Mineração (CBMM) e a Mineração Catalão de Goiás, controlada pela britânica Anglo American. As exportações do Brasil representam 90% do nióbio utilizado no mundo. Em 2022, o nióbio representou 4,9% das exportações do setor mineral do país.

Com alta condutividade térmica e elétrica, maleabilidade, ductilidade e resistência à corrosão, calor e desgaste, o nióbio é um excelente aliado na transição energética. A sua utilização nas baterias de lítio, por exemplo, traz benefícios significativos, como maior vida útil, ampliação da capacidade de armazenamento de energia e um processo de recarga até 80% mais rápido.  

Mas as aplicações desse mineral vão muito além das baterias. Apenas uma pequena quantidade de nióbio já é capaz de transformar as propriedades de outros materiais, aumentando sua performance. Por isso, ele é adicionado a peças e componentes de carros, aviões e foguetes para dar mais resistência, garantindo segurança, leveza, performance e eficiência. 

O nióbio também é usado em estruturas de edifícios, viadutos e pontes. Basta adicionar 100 gramas de nióbio a uma tonelada de aço para deixá-lo mais leve e com maior resistência a fraturas e torções. A Ponte JK, em Brasília, construída em 2002, teve nióbio adicionado ao aço utilizado em suas estruturas. A ponte tem 12,4 mil toneladas e 1200 metros de comprimento, com vãos livres consideráveis. 

Na saúde, os supercondutores de nióbio são usados em aparelhos de ressonância magnética, marca-passo, tomógrafos, além de aplicações diversas em outras áreas.